MICAELA CYRINO
Imaginar o envelhecer

MICAELA CYRINO
Nascer com Aids é nascer morta. Projetei a minha vida para a morte e vivi com pressa até aqui.
Pensar o envelhecer é algo novo. A morte é certeza, mas precisamos que a vida também seja. Historicamente, é dada às mulheres negras a função de curar o mundo e comigo não foi diferente. A demanda da cura é exaustiva, porém somos bando e a responsabilidade das mortes sociais deve ser coletiva.
Encontrei na espiritualidade e na arte o equilíbrio para planejar o envelhecer com leveza, respirar e viver cada dia de uma vez.
Pensar o envelhecer é algo novo. A morte é certeza, mas precisamos que a vida também seja. Historicamente, é dada às mulheres negras a função de curar o mundo e comigo não foi diferente. A demanda da cura é exaustiva, porém somos bando e a responsabilidade das mortes sociais deve ser coletiva.
Encontrei na espiritualidade e na arte o equilíbrio para planejar o envelhecer com leveza, respirar e viver cada dia de uma vez.
– Micaela Cyrino, 31 anos Paulistana, graduada em Artes Visuais, produtora cultural e ativista pela saúde sexual e reprodutiva da população negra e HIV/Aids. Nascida com HIV no início da epidemia, hoje em seus trabalhos artísticos - pintura, performance e intervenções na rua - aborda corpo negro positivo e seus atravessamentos.
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